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O Homem Canónico

Hoje, temos o prazer de apresentar uma entrevista singular e inspiradora com um aluno criativo e dinâmico da nossa escola, Dinis Monteiro. Ao longo desta conversa, vamos explorar os momentos marcantes, os desafios superados e as lições aprendidas ao longo da etapa de escrita do seu primeiro livro, “O Homem Canónico”.


Como surgiu a ideia para o teu livro?

Bem, sempre gostei muito de ler, desde criança até aos dias de hoje onde já leio coisas um bocadinho mais elaboradas, entre elas : “O Processo” de Kafka, “O Estrangeiro” de Camus, “1984” e “A quinta dos animais” de George Orwell. Além destes, todos livros que me deixaram encantado com este bichinho que dá cor ao mundo, a literatura. Baseando-me em absolutamente nada, julguei que era capaz de escrever um livro nas minhas férias de verão.  Face ao tédio insuportável, escrevi o primeiro capítulo como sendo uma coisa solta, mas que após enviar a  uns colegas meus, rapidamente evoluiu e deu no que hoje conhecemos como o livro “O Homem Canónico”.


Quanto tempo levou desde a conceção da ideia até começares a escrever efetivamente?

É curiosa essas pergunta, a ideia do livro só surgiu a meio do mesmo. É uma irresponsabilidade minha fazer esse tipo de coisas, mas só quando escrevi o capítulo 3 é que defini a história interna da obra. […]  Claro que se fosse hoje, provavelmente teria pensando melhor em algumas coisas, mas no geral, foi um processo muito intenso, divertido e acima de tudo  de me questionar a mim mesmo para que os personagens pudessem questionar-se a si mesmos também.


Quais foram os maiores desafios que enfrentaste durante a fase de escrita?

Bem, como uma pessoa criativa, com problemas de sono e de concentração, diria que pelo menos tempo não faltava pois estava de férias. O que mais me deu problemas foi executar o que tinha planeado e procurar dar ainda alguma razão e lógica ao que escrevi na obra, as ideias eram muitas, e tive de riscar várias para meter outras no papel, e então cheguei à parte de afunilar os pensamentos para fazer um género de triagem do que valia ou não apena.


Como te sentiste ao terminares o teu primeiro livro?

Senti um certo ardor interiormente, talvez por culpa do final do livro, mas isso seria dar spoiler e eu quero e acredito que as pessoas vão ter a sua própria impressão ao finalizá-lo.


Qual foi a parte mais emocionante da jornada de publicares o teu primeiro livro?

Receber os livros em casa, foi o momento em que senti talvez maior orgulho e prazer do meu próprio trabalho, já que pude finalmente tê-lo em mãos e observar, tocar o papel e sentir as palavras que saíram das minhas mãos.


Quais foram os aspetos mais gratificantes de te tornares um autor publicado?

O sentimento de arriscar e começar a fazer algo pelo meu futuro. Dizendo não ao medo e à  vergonha fazendo com que não desistisse desta ideia. Mais gratificante ainda foi ver que o que defini como objetivo foi atingido.


Já tens planos para futuros projetos de escrita? Podes contar-nos um pouco sobre eles?

Planos… tenho sim planos para o futuro. Possuo atualmente dois livros em preparação para mandar para edição. Ambos são de poesia e estão praticamente finalizados, basta dar uns retoques finais. Dizem as boas línguas que serei lecionado um dia, mas eu ainda gosto de pensar que são sãs da mente mesmo depois de ouvir isso.


Que conselhos darias para outros escritores que estão a começar a sua jornada de escrita e publicação?

Escrevam o livro como se fosse só para vocês lerem, não escrevam para as “massas do mundo” lerem, deêm o vosso toque à coisa, façam com que quem leia, perceba imediatamente que o livro é vosso, e ao ler uma única frase consiga dizer “foi mesmo ele que escreveu isto”.

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